sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Asneiras nº 3

Eu nem gosto de fazer isso sabe? Não estou no meu 'mundo ímpar', estou apenas no medíocre computador. Tudo bem que depois minhas palavras serão reescritas para lá, mas os acasos e alguma coisa do "além" me pede sempre pra jogar ao vento meus pensamentos e ideias. Como minha vida é repleta de meras coisas que para olhos simples nomeia-se "coincidencias", hoje, 08/01/2010 (o tão famoso 8 de Janeiro - que ironia!), eu assisti "não sei porquê", ao filme "Antes que o dia termine." E sabe o que eu tenho a dizer? Sabe? Nada, absolutamente nada. Se eu pudesse saber o dia em que eu morreria, eu não viveria tão esperançosa do futuro como sou hoje. E em vez de ser o dia mais proveitoso de todos, seria o mais triste. É, eu juro. Eu ia viver com pena de aproveitar pela última vez os momentos e não saber se acertaria naquele dia. Engraçado essas coisas. Minha mãe me perguntou ontem porque eu escolhi psicologia como curso universitário insinuando que sou louca, e eu as vezes devo concordar que o tratamento tem que ser primeiro meu. Isso não é engraçado tá? Eu faço o que eu gosto e o que meu peito fala pra fazer. Sinto que é isso e pronto. Breu. Confesso que por vezes pensei em desistir de minha paixão por ganancia. Todo cidadão do planeta quer ser rico, claro. Vou lhes contar uma história: sou uma garota extremamente hiperrativa e não consigo de jeito nenhum passar muito tempo pensando em só uma coisa. Eu sempre tive vontade, por exemplo, de ler um bom livro e "viajar por mundos distintos". O problema é que eu nunca tive vontade e nem agrado suficiente pra conclui-lo. Uma bela tarde de férias, em meio as minhas dúvidas, vi um livro lá na estante de minha genitora. Sem fantasiar tá, ele não brilhou e nem piscou pra mim. Simplesmente meus olhos fixaram e tive uma vontade estúpida de abrir uma página, que logo seguiu para segunda, terceira... Legal. Quando percebi, estava lendo um livro. Que lindo! Ele é espirita ( um assunto que sempre me fascinou) e chamasse " Vencendo o passado ". Poderia ser um livro qualquer, se não fosse tantas detalhes semelhantes com o meu ser. Problemas, momentos, escolhas, atitudes, sonhos, família, idade (ênfase), nome (ênfase, por favor), irmão (eu to falando serio!) e era uma garota que amava. Sim, ela amava. E assim como eu, vivia momentos tristes e felizes ao lado de quem gostava. Sabe o que a vida a ensinou? Que tudo está certo! Tudo, cara. Exatamente tudo está acontecendo de maneira correta. O lindo é esse! Existe uma passagem nele que a garota fala o seguinte: " só obtemos sucesso na profissão, se seguirmos nossa vocação". Pensem. Me calo. Ela teve que se observar para apartir dai, mudar tudo em sua volta. Chega, chega né? Ninguém entenderia mesmo se eu concluísse. Mas eu entendi e é exclusivamente isso que me importa. Mais um episódio a minha comediante vida. Por gentileza, não esqueçam que nada é coincidencia, obrigada. Voltando ao assunto lá, eu poderia fazer coisas que jamais imaginaria e se eu pedisse, à se eu pudesse pedir... Pediria mais dias. Eu sou gulosa mesmo. Eu não conseguiria viver sabendo que amanhã tudo terminaria. Eu não conseguiria. Preferia que me arrancassem o coração no segundo que eu descobrisse o tempo que a mim restava. Super chato isso, falar de morte. É sempre triste. Principalmente porque eu sempre lembro da minha saudade principal: meu pai. Eu tento explicar pros meus amigos o quanto doí perder quem a gente gosta, o quanto doí perder quem nos colocou no mundo. Mas parece que quanto mais eu falo, mas eles me chamam de chata. Que coisa né? Uma vez eu fui IDIOTA de achar que se meu pai partisse, eu não choraria. Sabem, eu não só chorei, como morreu também uma parte de mim. Por mais distante que meu pai fosse, ele era MEU PAI. Gordinho, da voz alta e forte, do cabelo ruinzinho (hehe), com aquelas barrigas enormes que a maioria dos pais tem. Meio igual aos outros né? Mas ele tinha algo de diferente. Ele me amava e ao meu irmão, como se fossemos apenas nós dois no mundo. Chorava com a gente quando caiamos ou propriamente, quando apenas chorávamos (é serio!). Ele queria sempre está aqui pertinho, eu sei que sim. Mas eu era uma filha um tanto tola e ingrata, e não percebia o quanto o amava em terra. Eu digo em terra, porque depois desse livro ai, eu aprendi que quem está do nosso lado teoricamente falando, são pessoas que já tiveram antes e de fato, eu sempre o amei. Como amo inexplicavelmente a minha linda mãe. Tenho ela como a minha vida, e como já a disse antes, eu realmente não ia consegui passar nenhum dia sem ela comigo. Ela é o meu mundo, o meu ar, a minha luz. Ela é o meu anjo, sabe? Nos desentendemos demais, demais mesmo. As vezes penso que ela não me ama como eu amo, mas depois, sabe, eu tenho que concordar que o amor dela é tão intenso também que sempre luta como uma heroína pra nos criar. Todo mundo fica cansado as vezes. Sou uma adolescente incompreensivel e que não aceita as pessoas. Eu até aceito, mas não concordo. Mas depois esqueço. É serio, eu amo quem está comigo com todas as minhas forças. Minha mãe é a minha vida! Meu pai é o meu amor! Meu irmão e meu sobrinho, serio, são minhas razões de viver. E minha família? É o que me sustenta, é a minha felicidade. Por vezes eu não fui tão boa integrante assim. Cansei de escutar que eu era chata, grossa e que era outra pessoa perto deles em relação aos meus amigos. Desculpa! Mas eu nem tenho mais palavras pra explicar o tamanho da importância que eles tem pra mim. Só Deus mesmo que sabe. Sinceramente eu não sei porque estou me declarando pros Nicholls ou Reys ou Hora, porque provavelmente eles não lerão minhas asneiras. Mas não importa, eu os amo demais da mesma maneira. E eles sabem disso. Mesmo em meios aos risos, meus "te amos" são sinceros. Eu sei que distribuo por ai essa palavra, eu sei disso. Mas eu não minto quando falo tá? Eu não odeio ninguém nesse mundo, embora eu já tenha tentado odiar. Não, eu não consigo. Eu amo muito, muitas pessoas. E deixo claro que não apenas minha família, como meus milhões de amigos e os meus 20 melhores amigos. Amo também caras que nunca me amaram, que insistem que me amam e também os que jamais amarão. Infelizmente a vida tem dessas coisas. Mas tá tudo certo, tá tudo certo. São 3:26 da madrugada de uma sexta-feira, dentre algumas horas eu passarei pelo pior ou melhor momento de minha vida e poderia muito bem tá dormindo como qualquer pessoa normal. A diferença é que eu não sou nada normal e precisava escrever, escrever, digitar. Mesmo que ninguém leia, mesmo assim. Eu adoro fazer isso! Adoro de verdade! É minha terapia, meus m.a. sabem disso. Me faz bem melhor e depois que descobri " o segredo", eu até tento espalhar por ai, mas sem sucesso. Deixa, deixa. Cada um tem sua hora na vida. Em meio as minhas amargas e doces palavras, vem ao meu ouvido palavras que eu sei que não vem de mim. A presença de meu pai vem meio que constantemente do meu lado e às vezes, eu juro, foi ele que enxugou minhas lágrimas quando eu consigo parar de chorar repentinamente depois de uma noite tremosa. Segredos. Sinto as vezes o tocar de sua mão em meu braço, o seu beijo em meu cabelo e o abraço e a felicidade que vivia eternamente em sua face. Sabe pai, seu sorriso é a lembrança mais viva que tenho de você. Ele era lindo, único e lindo. Daqui a 5 dias farão 8 anos que você se foi, e não sei porque, parece que foi ontem que te vi rindo para mim ou dormindo roncando daquele jeitinho que eu tanto amava. Até seu cheiro. Me deixa feliz em saber que passou pela vida e deixou marcas em todos. Eu tenho orgulho disso. Meu pai foi muito AMIGO! E sou louca por esse cara, é serio. Tenho uma imensa vontade de conversar com ti, agora já grande, e perguntar tudo que eu não pude perguntar. Se você surgisse em sonhos pra mim, gostaria de ter a oportunidade de dizer, OLHANDO NOS SEUS OLHOS, que te amo. Eu peço perdão por nunca ter feito isso. Não sei se tem alguém lendo isso tudo que penso, mas se tiver, por favor, dê mais valor a todos que estão ao seu lado. De verdade! Principalmente a pai e mãe, porque eles são insubstituiveis e somente temos um na vida. Sempre fico vulnerável quando chega Janeiro. Involutáriamente. Hoje, mais tarde, sairia o resultado de mais um desafio na minha vida. Mais uma prova que eu tive que fazer. Não sei ao certo o que acontecerá; tenho dúvidas. Quero passar, rezarei muito hoje pra que isso aconteça. Mas seja o que Deus quiser. Se não for dessa vez, cairão lágrimas, mas tudo bem. Tá tudo certo, tá tudo exatamente certo, lembram? Apenas sorria! Beijos. e esse foi mais uma das minhas palavras mais sinceras e inexplicáveis que já coloquei para fora.


[ transcrito do computador ]

Um comentário:

Sarah Rúbia disse...

ok, eu não sei nada sobre você [além de tudo que eu li, rs] e você é tãaaaao parecida comigo G_G'

tipo, sobre cursar psicologia [que é uma das minhas vontades] e por ganância, também, às vezes querer deixar de lado :/ "só obtemos sucesso na profissão, se seguirmos nossa vocação", eu acredito fortemente nisso [pena que alguns dos meus familiares não :/]. o amor imenso pelo seus pais/familiares/20 melhores amigos. por você não [achar] ser normal, rs. o fascínio por espiritismo. e tantas outras coisas que eu não consigo lembrar por causa do tamanho do texto [sim, eu li tudo e adorei *-*], tenho amnésia recente.

medo de quem se parece cmg AHISOHIOASHIOA /não.