Podia (queria) ter sido

Você toma todo-cuidado-do-mundo para não magoar as pessoas, para não feri-las como de costume e se trabalha toda na paciência. Você se auto-define como um status escrito na testa: "nada muda se você não mudar". Ai então você se modifica sem perder a essência. Então você se permite tentar mesmo contra algumas vontades. Então você caminha sem sentir suas pernas e se guia pelo que pulsa no peito. Até que a vida dá mais uma trombada em você e te sacode no chão. Sem dó e nem piedade. Aí você se pergunta: "Mas agora não era para dá certo? Você me confundiu a acreditar que era, vida." Me fez andar e mudar minha concepção em relação a convivencias. Me fez acreditar que existe certas diferenças nas pessoas. Me fez ver - olhem a responsabilidade! - me fez ver que eu não podia ser a dona da razão todas às vezes. E foi dolorido perceber e aceitar isso. Tá aí! Pontos e pontos positivos. Mas teria sido bom, teria valido a pena, se o final não fosse tão igual aos outros finais. Mas agora levanta, arruma o cabelo e continua. Continua porque ainda não foi dessa vez.

Um sonho lindo.

Do nada apareço em uma casa que eu não me lembro ao certo como, mas parece que eu conhecia bem. Sabia todos os cômodos, todos os degraus, conhecia todas as pessoas e o clima do lugar. Era uma festa. Algumas cadeiras, mesas e pessoas sorrindo que eu não via ao certo o rosto. Passei por um terraço, cheguei em uma escada de cimento e entrei por uma porta pra preparar alguma coisa. Parecia ser minha aquela festa. Recordo de ter tentado falar com o Coração ao celular um dia antes, mas sem sucesso. Alguma coisa me faz descer novamente para onde todas as pessoas estavam reunidas. De repente, no meio de um mesa com amigos antigos, está ele. Não sei contar qual a emoção que senti naquela hora, mas posso dizer que foi muito bonito. Um abraço muito intenso e com a vontade de não soltar mais. "Meu Best! Ele veio me ver." Derramamos lágrimas, até mesmo ele que sempre se fez de "durão". Eu peço tanto, tanto, tanto a Deus para vê-lo de novo e matar um pouquinho a saudade que esses quilometros todos nos distanciam, que em uma noite qualquer, eu sonho com ele como tanto quis e acordei sorrindo. Era de madrugada, durante a semana, e mesmo assim na hora o celular dele tocou. E aos prantos, eu contei mais uma vez como ele me faz feliz...

Tudo vai dá certo, sempre!

Deus sabe o que faz. Entrega nas mãos Dele! Eu entreguei, entrego e entregarei sempre. (mesmo que doa às vezes)

Para o Coração

Quase três anos sendo conformada apenas com sua voz e seus conselhos e Você. Vivemos quase 400 dias juntos, bem perto e eu nem gostava tanto desse marrentinho com um sotaque fã dos "R's". Mas gostava. Aí o destino bate na minha cara como ele gosta. Gosta esse danado! Ele me separa de você. Não, não é nenhum caso meu; É um amigo. Quando me dei conta de que estávamos separados por quilometros, me dei conta da sua importância e da falta que me faz. Numa relação meio conturbada, repleta de conflitos infantis e adolescentes, mas que no fundo era muito amor. Você teve que ir pra longe de mim, teve que ser "devolvido" ao seu lar para eu te colocar no canto dos insubstituiveis. Não reclamo de nada. Agradeço e muito a vida de ter me emprestado você, mesmo que por alguns 18 meses pessoalmente. Ela foi boa. Ela foi A própria vida agindo em mim. "Quando a gente tem que conhecer alguém, a gente conhece. Quando a gente tem que amar alguém, a gente ama. Quando alguém tem que aparecer no seu caminho, ela aparece." E uma das suas missões, tenho certeza, é ser um anjo meu! Eu te amo muito e não sei nem como te agradecer por tudo... Saudade.

Oh..

Eu sei, eu sei que ninguém é obrigado a compartilhar com a gente nossas dores e nossas perdas. Nossas angústias também são só nossas, como nossas consequencias. Eu sei que as pessoas já tem os seus mil problemas e suas desavenças, suas obrigações e ocupações. Só que, é tão mais fácil viver e quebrar a cara e levar porrada e enfrentar a vida quando tem alguém dizendo: "olha, vai por ali". É tão mais fácil você enfrentar a solidão quando tem alguém a quem você liga na madrugada e diz: "me ajuda que tô na merda de novo". É tão melhor poder contar com alguém, poder dizer tudo sem esconder detalhes... Mas as pessoas, meus caros, as pessoas são loucas. Não muitas tem disposição pra você. Nem atenção, tá certo? Atenção se dê a você mesmo. Nem todo mundo te ouve o quanto você a escuta. Pouca gente te aconselha como tanto ajuda. Pouca, pouca gente que diz ser seu amigo, é seu amigo de verdade. Aprende, mocinha! Aprende ou volta ao que você era antes. Tá ai a decisão. Essas coisinhas tão machucando, não estão? Ponha na balança, ponha tudo na balança. E vamos lá. Segue!

Algo novo, por favor.

Agarro tudo que vem em minhas mãos e solto o que se contorce a sair. Ninguém pode ficar com você pelo bem geral da nação e nem por não conseguir te ver derramar lágrimas. As pessoas são livres e suas vontades são livres. Fuja de amores forjados, como eu fugi e fujo. O que é seu, vai chegar. Passe anos, tempestades, quedas, choros. Passe o tempo que for! Cedo ou mais tarde, o que é seu bate na porta... E inesperadamente.

Mas que se prove o contrário.

Entre redemoinhos e tempestades constantes de sentimentos, veio você colocado depois de pedidos insistentes de provas de que se tem várias chances e situações novas acontecendo. Depois de quando se desacredita em que o ápice da montanha-russa pode vim de novo pra você, se é capaz de apaixonar pela coisa mais distante de seus desejos. Critérios e a busca pelo desconhecido lhe guiava e mesmo quando pensava em desistir, continuava. Continuava pela absoluta necessidade das pessoas, misturado com seu próprio e receitado tratamento anti-timidez (ou estupidez). Quanto mais o coração pedia que ficasse ali parada, mais as pernas apressavam os passos; Quanto mais o coração acelerava, mais o ritmo das vezes que se procurava um espelho também era multiplicado; Quanto mais se esperava uma ligação, mais o corpo ficava quente; Os minutos passavam, mas as horas pareciam distantes. Mas a gente não pode perder a esperança e se repetia isso sempre quando pensava em desistir receosa dos medos das maldades do futuro. Acredita, acredita-se sempre que exista por ai ou por lá, quem vai transformar todos esses esquentes vindo do peito em temperatura ambiente e vai segurar a mão e dizer que fica e pedir carinhosamente que fique. Mas finalmente, quando achei que dessa vez o coração tinha errado, eu vi que ele mais uma vez estava certo, mesmo dolorosamente contra a minha vontade.

Néam?

Passam anos, passam pessoas, eu mudo idade... E a noite continua me deixando vulnerável.