quinta-feira, 29 de abril de 2010

Asneiras n° 6

Fim do clássico Flamengo X Corinthians. Eu completamente distraída no msn, rindo com minha mãe e meu paidrasto sobre bobagens e no telefone com meu melhor amigo. Minha noite já fora ganha com pequenas coisas e tudo isso seria mais do que necessário pra eu adormecer feliz horas depois. Seria. Já tinha me trocado, colocado meu pijama de short azul de florzinhas e minha blusa preferida de dormir verde com também florzinhas. Meu cabelo estava "daquele" jeito. Digamos que, na verdade, minha roupa não era diferente: a camisa transformou-se em um top que fez minhas bainhas pularem alegremente, ai foi lindo. Não, não foi lindo. Me deu um estalo (eu e meus estalos!). Fui apreciar a paisagem da minha varanda, embora não fosse de costume. Ok, fui. Luzes apagadas e me aproximei. Aquela velha mania de entrelaçar as pernas na rede e pah. Olhei. Meia-noite, ruas desertas e só o bar em frente a minha casa com as luzes acesas, mas quase sem ruídos. Surgem pessoas. Surgem meninos. Cinco garotos andando em sentido paralelo onde eu estava e eu pa-que-ran-do-os (a carne é fraca, né?). Até que um deles levanta a cabeça e me olha, meio que a distancia, mas nossos olhares se encontraram. Eu percebi, ele percebeu. Gatinho o danado! Cabelo lisinho, estrutura normal e bem arrumadinho. Esse tipo também me atrai. Olhei. Olhei mesmo. O quinteto atravessou a rua e discretamente aquele lá me olha mais uma vez. De repente parei, ou melhor, não consegui parar de prestar atenção. Era Ele! E Ele lembrou que eu morava ali, naquele andar e naquela varanda. Bem ou mal, ele quis me ver. Ironia! Meus dentes foram todos a mostra. A cada passo que dava, eu tinha mais certeza que conhecia aquele andar, aquele mesmo cabelo, estrutura e estilo. Podia dormir agora, alvoroçada, mas podia: eu estava mais que feliz! Ganhei minha noite duas vezes. Eu estava feia, desarrumada e pela ausência de luz, acredito que me confundia fácil com um fantasma. Mas o vi. Pedi muito, procurei por diversas vezes e nada. Quando eu menos esperei ele próprio foi à minha procura. Era ele. Tenho quase certeza... Boa noite.

sábado, 24 de abril de 2010

só uma observação:

Me superei, mas me traumatizei.. Acho que hoje vou sonhar com códigos e template's, serio!


-q

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Uma, duas ligações.

Passa os dias pensando, calculando as palavras e procurando respostas. Sempre surgem as comparações (querendo ou não): Os que foram bons com os ruins, os que machucaram e os que trouxeram felicidade, os que ensinaram e os que não fizeram diferença. Como sempre, o passado ressurge e se choca com o presente. Pensou nele; Mas não no Ele recente. Foi no Ele antigo, foi justo aquele que insiste em adivinhar suas vontades e todos, todos os seus momentos vulneráveis. Mas deixou pra lá. Só que, é, ele adivinha...


O telefone toca. Ela estava distraída e sem nenhum interesse de cansar sua voz naquela hora, mas alguém ligava insistentemente.

- (Hã?) Alô?
- Oi! Alguém recitou com aquela voz que ela tanto conhece e que chegou ao ponto de perceber que estava acompanhada do seu sorriso.
- Eu não acredito que seja você! + Sorrisos, tremores, um tuntun no coração, todos os dentes da boca à amostra.
- E por que não?
- Porque você... você... Nossa, você não existe! (ela queria muito falar que pensara nele na noite anterior ligando-o à 'felicidade' e sendo assim, por ser o oposto do atual affair)
- Estaria pensando em mim? Estaria com saudades?
- Hum, negativo (com um pingo de ironia jurando que enganava-o e, na verdade, achava ótimo que não).
- Eu achei umas mensagens antigas aqui e..
- Mensagens? Que mensagens? (mesmo sabendo que eram as suas)
- Mensagens nossas, referente ao nosso amor, ai te liguei. [pausa para ambas lembranças] E ai? Tudo bem?

Nessa hora ela lembrava de tudo que viveu e o quanto ele a fez e a faz feliz todas as vezes que se encontram nessa vida. Não se enganava: essa história é parte do seu destino!


Trocaram mais algumas frases que conseguiram deixar bem um ao outro, exatamente da maneira como sabiam. Estavam distantes no momento, mas percebiam o sorriso. Ele foi um amor que ela fez questão de deixar partir sem ressentimento, sem ódio e sem rancor. Só lembranças boas. Foi melhor assim. Um dos poucos que valem a pena lembrar por ter sido feliz todos os dias que eram namorados. Três anos se passaram e ainda se falam como amigos com um pouco mais de carinho e malícia, por talvez, serem eternamente, apaixonados.



* Ps¹: A vida é aquela velha comédia de sempre.
* Ps²: Ele sempre sabe quando me bate saudade.

sábado, 17 de abril de 2010

Será?

Será que eu erraria em procurar uma pessoa que fez questão de me esquecer, que com toda consciência do mundo apagou tudo que restaria de contato entre a gente e que inúmeras vezes me fez chorar, mesmo sabendo que me deixaria assim, não procurou mudar sua ação? Eu erraria em procurar o dono dos meus sonhos (aquele que surge me dando respostas de tudo que me pergunto antes de dormir), aquele que só me recordo do sorriso, aquele que por amar tanto não me atrevo a assumir o tamanho do tal? Será mesmo que quando alguém te atinge no peito, joga no chão seus pedaços e junta tudo de novo pra quebrar em mais partes os caquinhos, não merece compaixão? Ou perdão?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Um depoimento

TUDO QUE EU TENHO PRA FALAR PRA VOCÊ!

No fundo sabia que um belo dia iria acordar e mudar de novo como fez no nosso ontem, eu não sabia? Ok, certas coisas não mudam. Perda de tempo total ter te aceitado junto a mim de novo. Queria poder conversar e escutar o que tinha pra dizer e seus motivos. Só que foges de mim provando que é um covarde, talvez por não ter motivos e nem significado. Você simplesmente quer continuar na sua vidinha de festas, cachaça e mulheres. Lembre-se apenas que quando cansar e precisar crescer, nunca mais vai encontrar ninguém que quis te ajudar e nem que te aceitou com todos os motivos do mundo, como eu fiz. Nunca mais encontrará alguém que te entendeu como eu entendi. Por que a mudança que você tanto fala que eu causei, não foi pra melhor? Não é mais o que eu conheci e o que eu me apaixonei. Não, não é! Ou sempre foi assim e eu estava cega por ter gostado tanto. De novo não foi homem o suficiente pra dizer cara-a-cara (e nem virtualmente) o que queria falar. Porque foges de mim? Ia doer muito, mas você só seria mais um de tantos porque a vida é assim, e mais cedo ou mais tarde, como esses tantos, vai se tocar e vai ver que eu não sou mais sua e se tornará totalmente insignificante. Pois é, meu "copo de vidro" quebrou. Eu tentei consertar, tentei. Mas insiste em derruba-lo! Certo, comprei um copo novo pra pôr no lugar. Como pôde não levar em consideração tudo que eu já fiz e esquecer o companheirismo que tínhamos, do nosso carinho (mesmo com as brigas, sempre acabava tudo bem)? Tudo que fez só me leva a confirmação que nada do que me falou é verdade. Nunca fui a melhor das amigas e nem alguém que te fazia feliz, porque se eu fosse, você estaria sendo o pior amigo do mundo por machucar uma melhor amiga e o mais idiota por jogar no lixo a sua felicidade. E se suas antigas palavras forem verdade mesmo, de maneira nenhuma quero mais alguém na minha vida que seja um pior amigo e nem um idiota. Não preciso de gente assim aqui perto. Agora, vá viver a sua vida e tente ao menos aprender o que é valor. Uma pessoa é bem mais do que um corpo bonito, um rosto bonito e uma conta bancaria alta. Uma pessoa é o que ela é por dentro e isso é o que realmente importa. Beleza passa e o que não passa, é o que somos. Uma pessoa é importante para nós dependendo do que somos quando estamos com ela. Então perceba o que era quando me tinha perto! A gente deve aceitar os defeitos dos outros assim como eles aceitaram os nossos. Mas tudo bem, você faz o que acha justo. Sabe, um dia a gente sempre aprende e percebe. Só que muitas vezes, na maioria dos casos, é tarde demais pra tentar corrigir o nosso erro e recuperar o coração das pessoas. Não sou ninguém pra te julgar, mas o fato de ter sumido faz com que eu veja que continua o mesmo de antes por já ter feito exatamente isso. Fui muito tola em acreditar em você! Fez exatamente igual, igual mesmo! E agora? Quem tem razão? O engraçado é que ainda tinha coragem para dizer que eu sempre só queria tá certa, sempre! É, eu só percebo. E se eu ainda tiver o mínimo de importância pra ti, por favor, meu ultimo pedido é que nunca mais fale de sentimentos aos quais não sente e nem diga que vai mudar, se não é isso que quer de verdade. Isso machuca e os outros por consideração, acreditarão no que você diz e você, por extrema falta, não faz valer suas palavras. Você é bem mais do que o modo como tá agindo, eu sei que é. Eu tentei te mostrar de diversas formas e eu esperei, esperei muito. Cedo ou tarde tu vai perceber também, mas já fez sua escolha. E eu, agora, estou fazendo a minha.




* Essas palavras nunca foram entregues, talvez por o tal não merecer nem mesmo isso. Salvei, li e reli, li de novo e corrigi. Li por diversas vezes só pra eu própria não esquecer da tamanha falta de coração que o dono do meu coração teve por mim. Raiva, choros escondidos, músicas que lembram momentos inesqueciveis. Mas acabou. Terminou. Nem duras verdades ele merece. Só. Fim.


Três dias se passaram.

Disquei o telefone. Droga.

sábado, 10 de abril de 2010

Minha.

Uma vida tão banal que gira em torno de corações amados ou não. Uma vida que acredita no fundo, no fundo em príncipes-não-encantados feitos exclusivamente pra você como uma luva. Uma vida que pede pra ser diferente, que escolhe diferente e que só deseja o diferente mesmo que pareça tudo igual. Uma vida que leva murros, socos e tapas, mas que consegue transformar isso em força pra sua armadura. Uma vida que distribui sorrisos por ai à fora mesmo que muitas vezes esteja derramando lágrimas por dentro. Uma vida numerosa de milhares de pessoas em volta mas que consegue contar na mão as poucas que valem milhões. Uma vida que já pensou saber tudo mesmo sabendo nada. Uma vida feita de sonhos, ilusões, decepções, vitórias, cai's e levanta's. Uma vida que é própriamente amada.



- Ando pedindo a Deus só paciência, coragem e sabedoria e ando percebendo que sou muito mais forte do que pensava ser. Conhecendo o meu próprio eu, talvez.
Feliz por mim.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Asneiras n° 5

Ouvi dizer uma vez, que quando temos aqueles chiliques de arrumação (no meu caso, no meu quarto) é quando mais estamos precisando de mudanças em nosso espírito e coração. Então tá, vai. Ultimamente ando muito perfeccionista em relação ao ambiente que durmo. Que bom pra minha mãe. O consciente dela sempre agradece que eu sei. Ok. Eu estava num dia desses, meio que em colapso acidental, completamente distraída e sem animo nenhum para meter as caras nos livros. Acreditem, eram 00:00 hrs (exatamente!) de uma quinta-feira, um horário em que muitos já estavam preparados pra dormir ou já dormindo. Tenho problemas de insônia que eu própria diagnóstiquei por conta de um vício de virar madrugadas de sextas, sábados e domingos em frente ao um computador, que resultam numa rotina de deitar tarde durante os outros dias da semana. Geralmente no final das noites é que eu costumo estudar, assistir televisão e falar no celular. Eu até que tava na intenção de resolver umas contas matemáticas e ler sobre a Grécia antiga. Só queria um lápis. Eu lembrei que precisava de um lápis. Resolvi abrir aquela portinha em cima do meu guarda-roupa. No mesmo instante meus pés ficaram cobertos de papéis escolares, meus jogos antigos, gibis... Uma completa bagunça. Abri umas três caixas atrás do "tão necessário lápis". Abri uma em que eu chamava de "caixa para guardar lembranças". Tinha uns 2 anos que eu não mexia ali e tinha esquecido até o que tinha dentro: camisas com assinatura dos meus colegas de classes antigas, um frasco de perfume vazio (que foi o último presente que ganhei de my Dad) e fotos e cartas. Sensação boa. Sacudi a poeira, virei aquele álbum de página em página e cada vez me surpreendia com o filme que se passava em mim. Fotos da minha 6ª serie, eu acho; Idade que eu era uma anãzinha e me achava a garota mais alta e super cabeça do mundo e eu acreditava que as pessoas já me viam como gente grande. Fui uma criança besta, rs. Lembrei que era uma época boa, apesar do meu velho cabelo prendido no rabo-de-cavalo e aquela cor amarela num-sei-o-que que eu achava da moda. Fui muito, muito feliz! Eu reclamava de tudo e achava as coisas bem chatas, mas hoje deu pra eu perceber o quanto eu aprendi a ter alegrias na vida! Depois, fui mais além: abri os pedacinhos de papel colorido que existiam embaixo de tudo ali, lá no fundo da caixa. Eram cartas. Li de uma por uma e por um momento parecia que eu não tinha crescido, sabe? Parecia que muitos daqueles remetentes não tinham saído da minha vida e eu me senti querida como no dia que recebi. Palavras e sentimentos que foram escritas à muito tempo, alguns à 9 anos, e que tinha o mesmo pedido em quase todas: "nunca esqueça de mim". Consegui cumprir a promessa! Por incrível que pareça, eu lembro do nome e do rosto de muitos amigos de infância, de muitos que tiveram do meu lado quando eu ainda só sabia rabiscar círculos e retas em um papel, quando eu não sabia nem ler e escrever. Juro! Coisas que significam muito pra mim, bem mais do que antes. Alguns tinham poemas, outros desenhos, outros foram em dias de aniversário e outro ainda era uma despedida (esse último foi um dos que mais me emocionou). A cada letrinha que lia, involutáriamente vinha acompanhada com um sorriso. Tive vontade de pegar o telefone e ligar pr'aquelas pessoas ali só pra dizer um "oi" ou contar o que tinha acontecido, mas nem todas eu tinha nem mais o número e nem sabia onde ou que cidade estavam. Pessoas que construíram minha infância e hoje eu só acompanho pelo orkut ou msn, sei lá. É meio triste só guardar lembranças. Outro dia ainda assisti minha fita de "Doutora do ABC" e não me contive e caí em lágrimas sinceras de felicidades e saudades. O que estarão fazendo essas pessoas que eu um dia tive como maiores amigos que abracei e jurei nunca perder contato? Fui mais além ainda e abri as fotos de quando a coisa mais importante do mundo pra mim eram minhas bonecas. Eu criancinha, de vestidinho. Depois, fotos de quando eu ainda desfilava. Mudei muito. E naqueles anos em que achava que já sabia tudo que tinha que saber dessa vida, era quando mais estava prestes a aprender. Mas se me perguntarem se eu queria poder voltar atrás pra fazer tudo diferente, minha resposta é não! Foi exatamente como tinha que ser e foi. Coisas lindas, momentos maravilhosos. O bom é que sem dúvida restam só a tal da saudade. Que bom, meu Deus! Que bom! Que bom porque essa é a minha certeza de que o que passou, valeu tanta a pena que eu pude lembrar de tudo que aconteceu e sentir falta, e se tem uma coisa que aprendi, é que a gente só sente falta daquilo que foi bom de verdade nas nossas vidas. Olhem só tudo que um simples lápis me fez lembrar! Naquela noite, como em outras que tive recentemente, me deu uma vontade de fazer nada e resolvi procurar algo de interessante pra fazer, ai vem a vida e me joga lembranças. Mas foram minutos muito, muito bons! Acho que vou mais vezes procurar "lápis" nos meus dias. Beijos.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Especialmente para alguém especial


Certa vez, eu desacreditei totalmente num tal sentimento " mais bonito do mundo ". Coisas bem normais, sabe? A gente cai, leva chute, pontapés, socos, facadas no peito... A gente às vezes cansa! Simplesmente cansa! É justamente aí, que surgem as melhores coisas da vida e conhecemos (ou reconhecemos) as melhores pessoas. Um dia depois de uma das minhas mil quedas, apareceu alguém que mudou com-ple-ta-men-te a minha história. Alguém que um dia me ensinou a construir parte do meu amadurecimento, alguém que simplesmente me viu quando ninguém mais enxergava. Um dia eu conheci a melhor pessoa do mundo, a melhor pessoa do MEU mundo! Fui uma vez, completamente feliz, tive o maior amor que já puderam me dar, já me senti insubstituivel pra outra pessoa, já pude amar e ser amada. Um dia eu pude ter certeza e colocar minha mão no fogo pelo amor que outro alguém sentia e um dia ele me ensinou a acreditar, simplesmente acreditar. Aprendi com ele! Aprendi com ele também que o tempo não apaga o que foi bonito na gente e nem converte sentimentos. Aprendi a descobrir a verdade olhando nos olhos, aprendi a dá um abraço e ouvir os batimentos do coração. Um dia, eu conheci o Ele da minha vida, o Ele da minha história, o Ele que cruzou o meu caminho e se fez em mim. Embora se passasse outros garotos, outros homens ou meninos, ele sempre fica. Ele continua aqui. Mesmo longe, mas bem perto, ele existe! E eu ter a certeza de que ele estará onde sempre esteve quando eu precisei, me conforta. E me faz bem, Ele me faz completamente bem. Um amor indescritível, um amor insubstituivel. E se eu tenho outra certeza, é que já tive até outros amores, mas Ele é exatamente tudo que eu nunca mais terei...

" Você foi o maior dos meus casos, de todos os abraços, o que eu nunca esqueci. "


- Especialmente para alguém especial!