segunda-feira, 30 de maio de 2011

Melhore, rapaz.

As pessoas não são o que parecem, as coisas não são o que parecem, as dores não se dissipam tão fácil quanto parecem. O que existe são meros mortais com costas afiadas de aço que aguentaram milhares de vezes cair dois, três, dez metros. Isso não pode, burguesinha, mas se insiste. Cartas na mesa. São expostas suas marcas escondidas por trás de roupas e jogadas de cabelo. A plateia aguenta assistir? Se fecham os olhos, abrem-se as cortinas. Quem está ali pra ver? Qual a peça da vez? Quem aguenta ser ator? Se passar sentir amor sendo que passa é dor? Levantam-se os fracos. Os fortes cruzam as pernas, se ajeitam na poltrona e continuam. Nem se mexem. Fortes! Grandes muralhas. Joga-se água, doa-se empurrões e puxões de orelha. Fixam-se ainda mais os fortes. Os fracos caem. Ser maduro é isso? Achar que pode passar por cima e ter como hobbie destruir as pessoas? Fique com suas jogadas sem escrúpulos e não tente me destruir porque tenho costas de aço mais rígida do momento e nada dói. Eu sou forte, grande, indestrutível e eu já me disse isso.

Se cresce no que aguenta e não no que atinge. E tudo que eu sinto é pena. De você.

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