quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Minha oração de hoje.

Desculpa, mas eu não me conformo. As pessoas são tiradas da gente, dos braços de seus pais, familiares e amigos, muito depressas. E dói, dói tanto, que chega a espremer o coração. E nessas horas Deus deve escutar muitos "Por quê? Por quê, Deus?". E eu também pergunto: Por que, em, Deus? Não acho justo. Pais não deveriam perder seus filhos e nem os filhos perder seus amores da vida. E quanto aos amigos, ninguém deveria perder ninguém. Porque dói. Dói muito. A dor chega a ser insuportável. E olha, não é aquela dor de perder um namorado ou brigar com o mesmo. É a dor de ver alguém que a gente ama partir. Tirada muitas vezes, cedo demais ou de forma cruel. E sempre rola aquele arrependimento de que você devia ter dito aquilo àquela pessoa.

Eu sei o que é perder alguém. Perdi alguns ''Alguéns'' na vida e digamos, que não sou mais a mesma tem um tempo, até. Meu pai, sangue do meu sangue, faleceu quando eu estava prestes de sair da minha infância (uma época que é a mais feliz de nossas vidas, não é verdade? sim, é verdade). A dor? É insuperável. Incalculável. Indescritível. Terrivelmente, terrível. Alguns anos - nove - se passam e ele ainda é meu amor. Só não mais terreno, mas amor, ainda. E mentiria se dissesse que não tenho mais encontros com ele... Olha, não só ele. Perdi outras pessoas demasiadamente próximas e outras, nem tanto. Mas eram minhas, entende? E não acho justo perde-las.

Acho que quando morre alguém, o mundo fica mais feio. Perde uma das suas cores totais. É terrível, minha gente. Morrer faz as pessoas em sua volta morrer um pouco junto. E o que fica? A saudade. E a esperança eterna do novo encontro. A gente não quer, não entende, não aceita, não conforma... Mas infelizmente é a Lei desses dias que vivemos. É a lei da vida! Continuamos a não quer e não entender e não aceitar. Mas a gente não tem escolha a não ser, conformar do quanto é necessário recorrer Àquele lá de cima, para suprir nosso doloroso machucado. Depois de algumas - muitas - lágrimas derramadas por um dos ANJOS da vida de muitos dos MEUS ANJOS, depois que um menino puro do coração lindo nos deixou, fica aqui mais uma palavra. Não é clichê. É verdade. Sim, palavras tem vida!

- Pedrinho, vá em paz! Já pedi pro meu Papis te ajudar se tiver alguma dúvida aí no céu. Ele está com você também. E você estará em boas mãos, não se preocupe! Ele era um homem bom, como você. E acho até que combinavam nos sorrisos. Vocês vão se dá bem! Vá na luz, viu? Siga em frente! Os choros são só de saudade, mas calma, é porque você conquistou todos aqui. Venha nos visitar às vezes, quando permitido. E olhe pela gente daí. Assim como meu pai, meu avô e vó. E outros lindos integrantes da família que estão no céu. Não sei, mas tenho a sensação de que você era mais importante para mim do que eu imaginava. Eita destino! Luz, Pedro, luz! Painho te ajuda! Procure ele aí no céu. Diga que te indiquei, ele já está ciente.

- E meu tão amado Deus, por favor, protege meus anjos que ficaram aqui! Mamãe, irmão, sobrinho, tias, primos, tios, avô, avó, amigos, melhores amigos, conhecidos e aqueles que eu vejo de vez em quando na rua... Eles também fazem parte do meu mundo. Eu não gosto de passar por essas dores. Protegem todos! Não me leva mais ninguém por agora e muito tempo! Por favor! Que o escudo aqui não é de ferro, não, não é não. Dá força para todas que conviveram com essa alma doce de menino-homem, a mãe, família dele. Todos! Sei o quanto dói! Então, conforta Deus! Conforta como você me conforta sempre que a dor está me sacudindo pra lá e pra cá, quando a vontade de dá um abraço é super.

- E mais uma vez: Vá em paz, Pedrinho! Caminho da luz! E você com certeza encontrará meu pai lá, viu? Vai sim...

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