Asneiras nº 2

Eu nunca fui do tipo que gostava do mais bonito ou mais popular. Me interessava pelo feinho ali, o narigudinho daqui, o baixinho de lá... Escutei uma frase ao qual me encaixei: '' sempre fui de dá uma chance pra todo mundo. '' Fiz muitos feios felizes e não me arrependo. Nunca me arrependo. Nem daqueles caras que peguei na balada e que fui mal beijada. De fato, serviu para distinguir quem beijava melhor que quem. Também, sempre fui de enxergar coisa onde não tinha. E eu por exemplo, sempre via uma beleza ou algo especial nos carinhas comuns em que minhas amigas por votos unânimes chamavam de feios. É, quanto a isso, nunca me importei ao certo pela opinião delas porque eu sempre soube que certas coisas por mais que eu falasse, somente eu entenderia. Então, eu nem ousava discutir porque o amor é cego mesmo! Ignoro beleza fácil! Tá, na primeira impressão todo mundo liga, vai. Mas olha, cansei de contar quantas vezes passei a achar ''aquele horrível'', ''o cara mais lindo do mundo''. Nada que um bom papo não mude, viu? Ah, e também cansei de contar quantas vezes eu ficava por ficar sem gostar, e depois terminava amando e chorando. Pois é, o mais triste. Falta de sorte (até agora). Literalmente. Nunca ganhei nem em raspadinha, nem em sorteio de supermercado. Nada. Nada. Quem me dera quando eu acabar ganhando algo, seja logo na megasena? Imagine só! Eu sei que viajo demais. Mas eu sou assim mesmo, so-nha-do-ra. Quem acredita sempre alcança? Eu acho isso meio contraditório sabia? Se eu acreditar que vai vim elefantes rosas do céu, virão? Não né! Me explique então essa frase! Ai, ai. Prefiro acreditar que a gente pode apenas querer, querer muito. Mas as coisas só acontecem se tiverem que acontecer. Só Deus sabe o que é bom pra nós, e não adianta discutir.