sábado, 30 de julho de 2011

Asneiras n° 10

Eu não sei como começar a escrever, nem muito menos como organizar tudo o que quero falar. Mas na verdade pura e clara, eu não sei o que dizer. Andava pensando agora pouco enquanto caia água sobre mim, que ando com ideias aleatórias e vontades meio impossíveis. Coisas que eu precisaria colocar no papel pra poder compreender, mas que surgem nos momentos mais inesperados e sem recursos. Nos meus faz-de-conta a princesinha anda virando rainha e príncipes vem de um a um com falsas certidões de nascimento. Ando preocupada com meu futuro e com o que devo fazer dele. Sei que posso seguir sozinha, na tristeza como antigamente, mas posso. Só que eu não quero e alguma força "lá dentro" não me permite. E nem A Força Maior - a que nunca me deixa desistir (ainda bem). O mundo anda tão hipócrita, as pessoas tão doentes com seus egoísmos estúpidos de uma vidinha fútil, gente que com tudo e acha que não tem nada. Já pode xingar e mandar pra lá longe? Ando fugindo - admito aqui e agora - de quem não acende uma luzinha ou quem não me presenteia com ouvidos e silencio. O cansaço da boa vontade de sempre e de ficar sempre só no final, faz com que a gente se zangue. Vai catar coquinho você que só precisa das pessoas e não quer se doar a elas! A vida é viver de trocas. As amizades, as oportunidades, o capitalismo comum vive de trocas. Quem não me coloca pra cima ou quem não me cede o braço pela minha companhia em seu mesmo degrau, não merece minha paciência e menos ainda a preciosidade do meu tempo. Zibia Gasparetto, com seu grande dom de falar coisas sempre que eu preciso ouvir, confessou uma vez curtinho que "a gente tem direito de escolher quem queremos do nosso lado". Que assim seja, então. Quando nos perguntamos o que esperamos da vida, no fundo esperamos ter um sorriso na face e um poeta uma vez disse que ninguém é feliz sozinho - independente do grau de parentesco ou afinidade ou relacionamentos entre as pessoas. Ninguém é feliz sozinho, pessoal. Solidão dói. Às vezes solidão nos deixa com o peito duro e independencia emocional de quem nos partiu os pedaços do peito. Mas solidão dói. Digo a você que posso ser bem melhor e com toda certeza de todos os clichês que existem, que antes amigos (verdadeiros) contados no dedo do que amigos contados pela lista do facebook. Melhor um melhor amigo do nível de irmão, do que 5 pessoas que só te ligam pra contar o que arranhou o coração com sicrano e quando você abre a boca no compartilhamento de histórias, elas mudam de assunto ou de foco do assunto. Ou também que em menos de meia hora liga pra sua lista telefônica inteira e espalha tudo que conversaram. Ridículo, não? Ando fugindo disso. Conversas com melhores amigos são um túmulo e eu não exitaria em dizer que prefiro meus Melhores (com M maiúsculo), do que trilhões de amigos (com vogal minúscula). Ando cansada das pessoas mesquinhas e podres, enjoada de tudo que não me faz bem. Eu sempre fui boa com todo mundo, mas uma hora cansa. E eu cansei. Agora só tem minha admiração quem merece e quem merecer, podem ter certeza, vão saber todos os dias o quanto significam para mim. Ainda sim, ainda com as sujeiras a fora, existem pessoas lindas. Senhor meu Deus, obrigada, do fundo do coração, por todas as pessoas de Verdade que tem junto de mim. E é só com o passar dos dias que a gente aprende e ver quem é quem. Te amo além de tudo, pela perfeição da vida. Talvez não nos déssemos valor as coisas boas se não conhecêssemos as ruins. Isso é fato! E flores brancas na janela e sol iluminado para amar cada dia mais a vida que me deu também. Sorrisos. Percebi já! Beijos.

Um comentário:

Raíssa França disse...

Gostei muito da sua postagem, ficou um texto tão lindo e verdadeiro! É uma pena que o mundo esteja assim, ando pensando nisso constantemente. Enfim. Ainda bem que existem pessoas boas como você, :)