domingo, 10 de agosto de 2008

A maior das saudades.


Ai pai, como eu sinto a sua falta... Onde quer que você esteja, estará também o meu amor, o meu carinho e principalmente o meu arrependimento de não ter te dado o último abraço e por não ter te pedido perdão. A vida é tão injusta às vezes, que não nos deixa saber quando será a nossa última vez ao lado das pessoas. Tão alegre, tão cheio de vida, tão carinho, tão protetor. Como eu ia adivinhar que a vida te arrancaria de mim? Logo assim, tão depressa? Paizinho, tu foi um dos homens mais puro e doce que já conheci na minha vida. Os elogios não são apenas por que és meu pai, mas sim por que você era tão amigo, que nunca me deixou derramar nenhuma lágrima por n-a-d-a. Entendo que às vezes eu exagerava. Mas eu era só uma criança e a sua princezinha mimada. E agora? Ninguém mais me coloca nos braços pra dormir, nem me leva pra almoçar no domingo, nem me dá dinheiro pra gastar na banca com revistinhas... Mamãe sempre me disse que faz mal chorar tanto assim, que você se angústia ai no céu. Mas hoje, escrevendo essas coisas exclusivamente pra ti, não me contive. Quantas horas passo imaginando como estaria eu, se não tivesse te perdido? Você sabe que todos os dias recordo-me, porque vocês anjinhos, devem ter o poder de ler mentes. Pai, sei que sempre me guiará, que está do meu lado. Está cuidando de mim agora. O sétimo dia dos pais, sem o meu pai. Como eu gostaria de te dá um abraço, te dá um beijo, te dá um simples presente. Te mandar uma cartinha ou apenas uma foto. Tudo bem, a vida é injusta mesmo. Acho que você fica feliz com as flores violetas e amarelas. Eram suas preferidas. Hoje eu sei um pouco mais do valor que as coisas tem. Você é a minha maior saudade! Perdas na vida doem demais. Porém, me espere: um dia vou te encontrar de novo meu herói! Não se desesepere: eu estou bem, meu irmão está bem, minha mãe, meu sobrinho... Estamos bem. Ninguém nos machucou! Essas lágrimas são só de saudade. E doi ainda mais lembrar que nunca te abraçei e disse olhando nos seus olhos o quanto eu te amava... Desculpa papai.

Um comentário:

Pedro Trindade disse...

Adoro esses textos que você faz pro seu pai, sempre.