segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mas... Vai ser!


-  Tá, sei que às vezes o problema sou eu em querer que as pessoas me entupam de atenção tentando acabar com a minha carência nunca entendida. Mas não sei também, tem um martelinho na minha cabeça de que... Nada é mais como era a anos atrás. E a projeção que eu tinha dele, é de um menino que me amou e fez tudo por mim. Então talvez a minha carência afetiva precisasse disso de novo. E me encantei e sempre senti saudade de todo o seu amor. Mas esse Ele não existe mais. Ele é um homem, agora. E cheio de cicatrizes também, que eu sei que parte delas foi eu mesma que construí. Até que ponto ele me perdoou, querido Anjo? Até que ponto ele quer reviver a nossa grande história mais uma vez? Eu esperava que ele me amasse como antes, que nada tivesse mudado... Mas... Não sei... Eu acho que não é bem assim. Sabe que eu sempre tento chegar a essa ponto da conversa? Mas eu também tenho muito medo de está precipitando as coisas. E quando eu tento, tento, tento... Eu sinto como se ele também não soubesse me responder. Ele responde, mas é como se ele falasse ainda existindo dúvidas. Eu acho que na verdade, ele ainda tá dividido em mim e continuar com a vidinha de jovem que enfim ganhou liberdade dos pais e ama show, balada, chegar tarde, cachaça e blablablá... Eu não quero sufoca-lo. Coloca-lo na parede a essa altura do campeonato pode faze-lo pensar que quero apressar as coisas. Ele me diz que não, vai-não-vai diz que me ama, que me ama muito e tal. Conhece meus amigos, pega na minha mão ao entrar nos aniversários de família e ainda assiste futebol com meus primos, ao meu lado, de mãos dadas e em uma quarta à noite. Quando eu me observo, percebo que tenho me declarado a ele e dito exatamente o que estou sentindo. Só que, querido Anjo, eu aprendi VIVENDO que nem tudo que se passa com a gente no coração, a gente deve falar pras pessoas. Ai eu me entristeço. 
- É, coração, as pessoas são indecifráveis.
- É, e isso dói...
- Muito!
- Amar dói pra caramba!

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