Meu queridíssimo Coração,

Sei o quanto você odeia que eu te defina assim e insista em ir lá no fundo onde ninguém mais conhece, tocar no seu ponto fraco. Ou machista mesmo. Você não entende, não é? Ou até mesmo como você diz: "eu te entendo, mas você é complexa". Boas palavras de encaixe! Seja isso! Complexa e não complicada. Meu bobo menino, tão sorrisos nos dias, tão vida nas horas. Nas coisas, no mundo, nos sonhos. Meus blá-blá-blás que tanto escuta (mesmo que eu perceba sua sonolência, você não desliga o telefone: "- Ei, best, você tá aí? - Sim, estou aqui." Obrigada por sempre estar. Você conhece os meus sentimentos mais profundos, mais bonitos, mais verdadeiros. Você conhece meus segredos mais obscuros, mais intensos, mais feridos. E mesmo sem a paciência inexistente do ser humano, você tem paciência. Do jeito, da sua maneira, nas gírias tão engraçadas que eu peço pra você repetir e sorrio. Nossa montanha-russa de momentos e eu nenhuma única vez passei nenhum dia sem dizer o quanto você é chato. Mas é meu chato preferido! O mais lindo e legal dos chatos dessa galáxia inteirinha. Só eu, chata por convivência talvez, consigo tirar tão difíceis palavras da sua boca. Mostre, grite, demonstre todo o seu carinho por mim! Não que eu não saiba e perceba, mas por livre e espontânea carência, preciso ouvir de uma das pessoas mais importantes da minha vida que sou também isso para ela. Embora, eu saiba. Meu irmão mais novo, meu tão doido amigo, você é zica! Zica! Zica! Mesmo sem entender ao certo, você é tudo isso de mais intenso que eu conheço. Você é meu, seu implicante. Meu e te divido com algumas menininhas a fora que você vai conhecer na vida, ficar e outras casar, ter filhos, ser feliz. Mas você é meu: Meu melhor amigo. E eu até que te divido com outras amigas suas, com sua mãe e com o nosso Corinthians. Mas não aumente muito a lista não, que eu tenho ciúm... Bom, deixa pra lá. E a propósito, você é um presente de Deus para mim, esquece não tá? E eu te amo! Um beijo.